domingo, 17 de maio de 2009

“O currículo com um espaço em que se reescreve o conhecimento escolar”.




No texto currículo, conhecimento e cultura de Vera Maria Candau e Antonio Flávio Barbosa Moreira, no ponto 4.2 os autores sugerem que se reescreva o conhecimento escolar visto que o atual currículo traz a educação da ótica do dominante. É preciso que o currículo apresente o conhecimento através dos diferentes pontos de vistas e que sejam confrontados diferentes perspectivas de modo que se enriqueça a análise além de construir nos educandos autonomia e criticidade.
No currículo deve conter histórias de povos excluídos, dando voz às culturas silenciadas além de construir uma auto-imagem positiva nos membros desses grupos.
Visto que o mundo contemporâneo, por meio da globalização, requer culturas que convivam e se modifiquem reciprocamente a escola deve então, repensar nas suas práticas homogenizadora e padronizadora que vem utilizando.
O autor não sugere que substitua um conhecimento por outro, mas sim, mostrar aos alunos as diversas leituras e imagem que se tem quando certos olhares são privilegiados em deterimento de outros.

CRASCH NO LIMITE E CURRÍCULO.

O professor Ivan nos propos assistir alguns filmes e articular com a leitura feita do texto "currículo", sendo assim escolhi o fime Crasch no limite. Apresentarei a sinopse:

Sinopse
Uma dona de casa e o seu marido procurador de Justiça. Um dono de uma loja. Dois detetives que também são amantes. Um diretor de televisão afro-americano e a sua mulher. Um serralheiro mexicano. Dois ladrões de automóveis. Um polícia recruta. Um casal coreano de meia-idade... Todos vivem em Los Angeles e durante as próximas 36 horas, irão todos entrar em colisão.





Através da visualização do filme CRASCH NO LIMITE, o qual consegue ser eficiente em mostrar o racismo e preconceito em diversas ramificações (brancos contra negros contra latinos contra árabes e preconceito social) e analisando como deve ser elaborado o currículo escolar, concluo que o currículo não deve ser laico, mas sim multicultural, a fim de não privilegiar uma única cultura, mas trabalhar todas de modo que os alunos não tenham somente a visão da cultura dominante como o padrão, mas que aprendam a respeitar e conviver com as diferenças para que dessa forma o preconceito, o racismo a xenofobia sejam extintos, assim deve ser a escola que pretende ser democrática e inclusiva.
Ao contrário disso, a escola vem contribuindo para a formação de uma sociedade preconceituosa e racista à medida que vem igualando todos os seus alunos, padronizando o seu comportamento e atitudes, ou seja, impedindo a diferença.

“Currículo conhecimento e cultura”.

Através da leitura do texto de Antonio Flavio Barbosa Moreira e Vera Maria Candau, passei a entender currículo como a construção da identidade adquirida por meio de conhecimentos e experiências obtidos na escola, portanto é de vital importância refletir a respeito deste conceito a fim de elaborar um currículo que busque a inclusão e não a exclusão de grupos e pessoas através de “pré-conceitos” e do currículo oculto, o qual transmite mensagens implícitas nas falas dos professores e nos livros didáticos ocasionando a imposição, submissão, e opressão que acabam interferindo no aprendizado, assim sendo cabe ao professor verificar e analisar criticamente a sua pratica, uma vez que o currículo oculto pode oprimir grupos de estudantes por razões ligadas a classe social, gênero, raça, e sexualidade.
Desse modo o currículo deve ser laico à medida que compreenda a todos, além de ser espaço de pesquisa e contínua análise.
As experiências vividas pelos educandos também devem ser consideradas e contextualizadas no ambiente escolar, uma vez que a escola não é o único meio de se obter conhecimento, então se deve ter consciência de que os alunos não são "tábula rasa" a qual devemos encher de conteúdos, mas sim partir dos conhecimentos que eles já possuem, porém o conhecimento escolar possui características próprias que o diferencia de outras formas de conhecimentos, assim sendo o professor deve trabalhar com conhecimentos significativos e relevantes não ficando preso a método, deve sempre buscar novas estratégias que atendam as necessidades da turma.
Através do conjunto de práticas vivenciadas por meio do currículo, circulam significados no espaço social, contribuindo para a construção de identidades sociais e culturais.
Sendo a escola um espaço o qual diversas culturas convivem umas com as outras se faz necessário incluir diferentes manifestações culturais de modo a não privilegiar uma em detrimento da outra, ou seja, deve ser incluso ao currículo diferentes manifestações de cultura popular, além da cultura erudita.

Portifólio e a minha formação acadêmica.


Nunca tinha ouvido falar de portifólio, porém quando o professor Ivan nos convocou a apresentar semanalmente, via blog, confesso que fiquei preocupada.
Após o esclarecimento do que se tratava pude perceber que irá fazer toda diferença na minha formação, uma vez que tenho plena liberdade para produzir utilizando variados recursos, além de me tornar sujeito ativo no processo de aquisição da minha aprendizagem à medida que o meu desenvolvimento acontecerá de forma gradativa, evidenciando o meu processo de desenvolvimento e ampliação dos conhecimentos.
Serão realizadas reflexões dos textos trabalhados em aula de forma crítica e articulados com outras possíveis informações adquiridas por mais variado meios, desenvolvendo dessa forma, a minha criticidade, e autonomia. Visto que haverá interação entre os colegas da turma e com o professor favorecerá a minha auto-avaliação.Assim sendo, o portifólio me permitirá expor meus objetivos, meu potencial e minhas dificuldades.Espero ampliar os meus conhecimentos, criatividade, auto-avaliação, parceria, autonomia, senso critico, além de desenvolver habilidades.